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Alessandra Campêlo sobe tom contra violência política e se solidariza com vereadora Professora Jacqueline

Por Emanuel Mendes Siqueira

28.fev.2024 14:20h
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Foto: Miguel Almeida

Em debate acirrado na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a deputada estadual Alessandra Campêlo (Podemos) subiu o tom da luta contra a violência política de gênero, ao abordar o episódio em que a vereadora Professora Jacqueline (União Brasil) foi vítima na Câmara Municipal de Manaus na última terça-feira (27/2).

 

No seu pronunciamento no Grande Expediente desta quarta-feira (28/2), a deputada exibiu um vídeo que circula nas redes sociais no qual um grupo de vereadores tenta intimar a parlamentar, no momento em que ela falava na tribuna do Poder Legislativo Municipal.

 

“É lamentável. Vários vereadores homens com dedo em riste gritando com a vereadora, impedindo a vereadora de se pronunciar. Isso é violência contra a mulher, principalmente partindo de um homem que tem uma compleição física inclusive maior que a da vereadora. Quero me solidarizar com a vereadora Professora Jacqueline pela violência sofrida”, disse Alessandra.

 

Campêlo informou ainda que a Procuradoria Especial da Mulher da Aleam está de portas abertas para prestar atendimento psicossocial e jurídico à vereadora. Além disso, Alessandra adiantou algumas providências e disse que levaria o caso à Ouvidoria da Mulher do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e ao Ministério Público do Estado (MPE-AM), que integram a rede de proteção às mulheres que atuam na vida pública.

 

“A Procuradoria da Mulher vai fazer uma representação ao TRE-AM e ao Ministério Público do Estado por violência política de gênero. Isso é crime e, para quem não lembra, a primeira prisão do prefeito de Borba (Simão Peixoto) foi por violência política de gênero, o primeiro caso no Brasil”, enfatizou Alessandra.

 

Após a fala da deputada, o assunto tomou conta dos debates na Casa por quase uma hora. Campêlo recebeu apoio em apartes dos deputados Roberto Cidade (União Brasil), Rozenha (PMB), Débora Menezes (PL), Wilker Barreto (Cidadania) e João Luiz (Republicanos). A única divergência em relação à fala da Procuradora da Mulher partiu do deputado Daniel Almeida (Avante).