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Presidente da Comissão de Proteção aos Animais, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPAMA-Aleam), a deputada estadual Joana Darc (UB) anunciou, na segunda-feira (3/5), a iniciativa de preparar a equipe da Comissão e de seu gabinete para atuar no resgate de animais na estiagem de 2024 no Estado.
A parlamentar, que é médica veterinária e levanta a bandeira da causa animal na Aleam, afirma que a necessidade da capacitação vem após os alertas do Governo do Estado que garantem que, este ano, a seca pode ser tão severa quanto a do ano passado.
“Estamos nos preparando para atuar na estiagem este ano. Temos dados de que esta será a pior seca de todos os tempos, e nessa situação sofrem tanto as pessoas quanto os animais, principalmente a fauna silvestre e os animais aquáticos, como os peixes, os botos e os peixes-bois. Então, a gente precisa se capacitar para atuar da melhor forma quando formos chamados”, declarou.
Os membros da CPAMA estavam atuando nas queimadas, durante a estiagem de 2023, auxiliando a população e os animais nas altas temperaturas e na seca extrema que afetou cerca de 60 dos 62 municípios do Amazonas.
Palestra sobre morte dos botos
A iniciativa surgiu após a palestra da médica veterinária Jucileide Araújo, especialista em clínica e cirurgia de animais domésticos e selvagens, sobre a seca histórica de 2023 que afetou o Amazonas, ocasionando na morte de vários animais, especialmente de 274 botos rosas e tucuxis, nas cidades de Tefé e Coari.
Segundo a médica veterinária Jucileide Araújo, o resgate do corpo dos mamíferos era de grande dificuldade devido à falta de equipamentos e à seca histórica no Estado, cujos braços de rios secaram e petrificaram. A veterinária afirmou que não foi possível resgatar botos vivos, pois a falta de oxigênio e o extremo calor na água mataram os animais.
“No ano passado, nós fomos surpreendidos com a notícia da mortandade rápida de botos por conta da seca extrema, das queimadas e do calor. Não foi necessário pegar nenhum animal e tirar da água, pois, infelizmente, todos os que foram coletados eram carcaças ou animais mortos, necropsiados para fazer a coleta do material e analisar a causa da morte, se tinha alguma toxina ou se estava apenas relacionada com o calor”, disse.
Pesquisas antecipadas
Especializada também em manejo, reabilitação de fauna selvagem, resgate e monitorização de grandes felinos, Jucileide garante que existem instituições trabalhando para evitar a morte de animais no forte calor da estiagem deste ano.
“Todos os institutos que estão envolvidos nesse trabalho estão, sim, fazendo várias pesquisas antecipadamente para que isso não aconteça novamente. Assim como no ano passado, se necessário, toda uma estrutura vai ser montada para ser afugentado o máximo de animais possíveis”, finalizou.
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