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A Caravana “Soluciona BR” que percorreu a BR-319, de Manaus a Humaitá (distante a 677de Manaus) , retornou à base no domingo (22/9). Liderado pelo deputado Comandante Dan (Podemos), o comboio foi iniciado na quinta-feira (19/9), quando foi até Lábrea (852 quilômetros), pela BR-230, ainda na zona de impacto da Manaus a Porto Velho. O estirão rodoviário que vai até Humaitá corta os territórios dos municípios de Borba, Beruri, Manicoré, Tapauá e Canutama.
“Era necessário ver presencialmente as situações vivenciadas diuturnamente por nossos cidadãos, sentir na pele as dificuldades que eles passam e ouvi-los. Já na saída de Manaus, deparamos com o péssimo estado da área de embarque da balsa da Ceasa, que está ficando proibitiva para carros de grande porte, especialmente caminhões de carga, pela área erodida revelada pela vazante. Imaginem que isso é em Manaus, por aí se tira as agruras enfrentadas no restante do percurso, isso porque estamos em plena emergência climática e ambiental. Não dava para antever o problema no embarque da balsa de Manaus ao Careiro da Várzea? Era preciso precarizar para então se buscar um paliativo?”, questionou o deputado na chegada da comitiva.
Acompanhado da equipe da Comissão de Segurança Pública da Aleam, onde é titular, Dan Câmara afirmou que o percurso está razoavelmente trafegável, em razão da estiagem prolongada, mas que as condições de segurança no deslocamento são mínimas, por conta da poeira e da fumaça das queimadas, que impedem a visão dos condutores. Ele declarou, ainda, que não é apenas um problema de asfalto, mas que há gargalos inúmeros que impedem uma ação célere, como o trecho da travessia de balsa no Igapó-Açú, que contra com uma espera que ultrapassa 4 dias, por conta da seca do rio e da quase impossibilidade de atravessar os veículos.
“O rio vai continuar a secar e a balsa vai parar de vez, lógico. Não era para ter se pensado uma solução, depois da seca recorde de 2023? Qual é o plano B? Quanto custa e quanto tempo se levaria para construir uma ponto naquele trecho? Tudo é improvisado e sem planejamento, as ações são mais caras e cheias de retrabalho. Considero humilhante o que estamos passando”, disse o parlamentar.
De todas as situações enfrentadas, o parlamentar considera a mais grave a que se refere às queimadas ao longo da pista da estrada e que emprestam uma atmosfera apocalíptica à paisagem.
“Se não houver uma ação integrada e articulada entre todas as esferas dos três poderes, estaremos justificando a impossibilidade de asfaltar a BR. Mas a falta de asfaltamento gera dificuldade na fiscalização. Não se vê fiscalização, não se vê medidas proativas ao longo do percurso da BR, só vemos medidas repressivas, só constatamos identificação de responsáveis, mas não se vê ação preventiva. Falta política pública que possa fazer com que a BR esteja asfaltada, possibilitando maior qualidade de vida ao povo do Amazonas, sem destruir o meio ambiente. Precisamos de um programa de cooperação federativa, já proposto por nós no Legislativo, envolvendo o Governo Federal, os três Poderes e as três esferas de governo, para juntos viabilizarmos a BR-319, preservando o meio ambiente”, afirmou o deputado.
Na semana que se iniciar, o parlamentar e a equipe de assessoria tramitarão os requerimentos indicativos e os pedidos aos diferentes órgãos do Governo do Estado e do Governo Federal.
Na quinta-feira (26/9), o parlamentar realizará uma Audiência Pública no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), para debater soluções sobre a estrada. Podem participar do evento, todos os cidadãos que desejarem. Foram convidadas as autoridades que têm relação direta com o problema.
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