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“O laboratório de combate à lavagem de dinheiro está parado”, diz Delegado Péricles

Por Assessoria

09.jun.2021 14:57h
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Foto: Dircom

O deputado estadual Delegado Péricles (PSL) utilizou a Tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta quarta-feira (9), para denunciar o abandono do laboratório de combate à lavagem de dinheiro no estado. De acordo com o parlamentar, um dos importantes instrumentos para a desestruturação de facções criminosas, está sem ser utilizado pela  Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai).

“Para atingir o bolso de uma facção é preciso combater a lavagem de dinheiro, mas como Estado vai fazer isso se o laboratório está fechado, parado? Mesmo após anos de investimento, após pessoas serem treinadas para trabalharem nele – todas afastadas pelo secretário -, hoje ele está abandonado. E o pior: não se vê causas, providências por parte da Inteligência do Estado para lutar contra facções. Pelo contrário: o secretário sequer comparece às reuniões e diz que não pode estar presente porque é da inteligência. Se fosse um agente, eu até concordaria, mas um gestor? Ele tem a obrigação de dar explicações”, denunciou o parlamentar.

De acordo com Péricles, uma reunião no Centro Integrado De Comando e Controle (CICC), no fim da tarde desta terça-feira (8), expôs a falta de informações, preparo e planejamento. “Disseram durante a reunião que não tinha como prever uma ação criminosa. Mas o que falar de 65 ações coordenadas não previstas no estado? Ontem chegaram a citar o 11 de Setembro para justificar a inatividade, mas lá eles já reformularam tudo. E aqui? O que a inteligência está fazendo?”, continuou.

O parlamentar admitiu preocupação sobre os próximos passos da criminalidade no Amazonas. “Isso tudo que aconteceu foi apenas um sinal do poderio da facção. Em momento algum eles utilizaram armas. Imaginem quando utilizarem? Quem é da segurança pública sabe o quanto eles estão bem armados. Não estou aqui para achincalhar gestor e sim reforçar a preocupação e necessidade de ação imediata por parte da inteligência do estado”, concluiu.