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Serafim pede celeridade nas investigações sobre omissão da falta de oxigênio no Amazonas

Por Assessoria

09.jun.2021 11:26h
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Foto: Dircom

Após inquérito da Polícia Federal revelar que o ex-ministro Eduardo Pazuello teve ciência da iminência de esgotamento de oxigênio, em Manaus, sendo avisado formalmente pelo Governo do Amazonas cinco dias antes do colapso, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) disse que os responsáveis pela tragédia devem ser punidos o quanto antes.

“Sobre a crise de oxigênio, ocorrida no mês de janeiro de 2021, onde pessoas morreram asfixiadas, vejo que a verdade ainda não existe e percebo também a preocupação de esconderem fatos. O ex-ministro Pazuello, atualmente secretário da Presidência da República, procurou tirar sua responsabilidade e transferi-la ao Governo do Estado. Não estou dizendo que o Estado não tem responsabilidade. Um problema daquela magnitude foi responsabilidade de todos, menos dos pacientes que estavam nos hospitais e acabaram morrendo”, afirmou Serafim nesta quarta-feira (9) durante Sessão Ordinária, na Aleam.

O inquérito, antes sigiloso, foi aberto por determinação do Supremo Tribunal Federal(STF) e também aponta que o comandante militar da Amazônia, general Theophilo Oliveira, sabia do “pedido de socorro” do Amazonas, enviado no dia 9 de janeiro de 2021.

“Isso é muito grave, porque está ficando claro que Pazuello sabia e preferiu mandar a “capitã cloroquina” dizer que tinha que ser feito tratamento precoce e distribuir cloroquina. Mas, ao invés de tomar providências, como agilizar o transporte de cilindros de oxigênio que se encontravam em aeroportos da cidade de São Paulo, Campinas e Cofins  em Minas Gerais), o que teria evitado a crise fatídica do dia 14, que ceifou vidas, da forma mais estúpida que se tem notícia”, lamentou.

Para o líder do PSB na Casa Legislativa, o povo do Amazonas merece saber  quem foi o  responsável pelas mortes por falta de oxigênio no Estado e, para isso,  as investigações precisam avançar de forma célere.

“Torço para que essas investigações avancem. Elas saíram do STF e agora tramitam numa vara em Brasília. Não estou, por enquanto, acusando ninguém, ou inocentando alguém, mas dizendo da necessidade da apuração e investigação dessa informação para que a população do Amazonas saiba quem é o responsável por aquela tragédia que se abateu sob  nosso povo. Tragédia da qual ainda centenas de famílias estão traumatizadas”, concluiu.