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Sinésio Campos repudia repasse de dívida bilionária da Amazonas Energia para consumidores

Por Caio Rodrigues

02.out.2024 11:00h
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Foto: Danilo Mello

Nesta quarta-feira (2/10), o deputado estadual Sinésio Campos (PT), que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energia na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), se manifestou a respeito da decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que autorizou a venda da concessionária Amazonas Energia. O parlamentar destacou que parte da dívida bilionária da concessionária será repassada aos consumidores, o que ele classificou como “uma injustiça inaceitável”.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira (1º/10) a venda da distribuidora Amazona Energia à empresa Âmbar Energia. O negócio foi aprovado após o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, mudar o seu voto no processo, que havia terminado empatado na última sexta-feira (27/10).

Apesar disso, no início da noite desta terça, a Âmbar divulgou nota dizendo que não concorda com os termos aprovados pela Aneel e que vai pedir revisão da medida. Isso aconteceu porque a Âmbar queria que R$ 14 bilhões referentes às dívidas da Amazonas Energia fossem repassados para os consumidores de todo o país, e a Aneel aprovou um valor menor, de R$ 8 bilhões.

O parlamentar ressaltou os problemas estruturais da Amazonas Energia, que já haviam sido apontados pela CPI da Energia, da qual ele foi presidente. Entre as irregularidades, a CPI revelou o esquema de “gato reverso”, em que a concessionária cobrava valores indevidos dos usuários.

“Após tudo que investigamos e denunciamos, agora vemos a população ser penalizada com o repasse de uma dívida que não é sua. A dívida bilionária da Amazonas Energia foi acumulada por uma gestão desastrosa e agora é o cidadão comum que vai pagar essa conta. Isso é inadmissível”, reforçou.

“Seguiremos atentos e vigilantes. Não podemos aceitar que a população pague por erros que não cometeu. Nosso mandato vai continuar cobrando justiça e medidas concretas para proteger os amazonenses desse abuso”, concluiu o deputado.