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Wilker alerta sobre os riscos da construção de aterro sanitário nas margens do Igarapé do Leão e cobra providências

Por Assessoria

04.ago.2021 15:33h
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Foto: Wilkinson Cardoso

O deputado estadual Wilker Barreto usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desta quarta-feira  (4), para denunciar sobre os perigos da construção de um aterro sanitário privado no entorno do Igarapé do Leão, localizado no quilômetro 13 da BR-174. De acordo com o parlamentar, a obra de propriedade da construtora Marquise Ambiental vem sendo instalada a poucos metros da nascente do igarapé, o que poderá trazer graves consequências ao meio ambiente e impactar na qualidade de vida dos mais de 100 moradores que residem próximos ao local.

Preocupado com a questão ambiental, Wilker afirmou que a construção do aterro sanitário nas proximidades do manancial é uma “bomba-relógio” para as próximas gerações. O aterro sanitário as margens do Igarapé do Leão é o principal afluente do Rio Tarumã, que é afluente do Rio Negro/Rio Amazonas. A lixeira está localizada em área de proteção do Sauim de Coleira.

“Estou severamente preocupado com a instalação do aterro sanitário da empresa Marquise ali no igarapé do Leão. Pode até ter todos os protocolos de segurança, mas a 200 metros de uma nascente, é uma bomba-relógio. Nós temos uma imensidão territorial do nosso Amazonas, porque nós vamos licenciar próximo de nascentes? Isso é uma falta de coerência e, repito, nós estamos armando uma bomba relógio para as próximas gerações”, disse o deputado, em Sessão Ordinária desta quarta.

Diante da temeridade, Barreto ingressou com um requerimento, no seio da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento da Casa Legislativa (CGEO-Aleam), convidando o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e a Construtora Marquise S/A para que sejam prestados esclarecimentos acerca do licenciamento do aterro sanitário em áreas de nascente do Igarapé do Leão.

“Eu não irei armar esta bomba para estourar daqui a 10, 15 anos, nós precisamos ponderar agora, por isso, que possamos convidar a empresa, o IPAAM, e os órgãos de licenciamento para discutirmos amplamente se vale a pena correr este risco”, ponderou o parlamentar.