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Na quarta-feira (28/5), o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) manifestou apoio ao senador Omar Aziz (PSD-AM) no embate travado com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobre a não liberação da pavimentação da BR-319 — rodovia federal que liga Manaus a Porto Velho. A discussão, que ocorreu na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, ganhou destaque nacional após Marina deixar a audiência em resposta a ofensas do senador Plínio Valério (PSDB-AM).
Em Sessão Ordinária na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Wilker puxou o debate dentro do parlamento estadual, defendendo a necessidade urgente da obra e reforçando que a questão vai além de ideologias políticas. Para ele, a pavimentação da BR-319 é uma pauta de logística, desenvolvimento e integração nacional, fundamental para garantir qualidade de vida à população do Amazonas, especialmente a mais carente.
“O problema é que precisa sair da falácia, não é só passear, nós estamos falando de logística pura. A fala do senador Omar não foi de desrespeito, foi de indignação. Porque também naquela fala está a fala dos mais humildes do interior, ali está a fala de 4 milhões de pessoas. Quando o assunto é o Amazonas não tem bandeira de esquerda ou direita, é isso que nós temos que refletir. Quando o assunto é a integração nacional, mexer com a qualidade de vida para melhor de 4 milhões de amazonenses não existe bandeiras políticas, existe a união”, apontou.
No centro da controvérsia está a exigência do Ministério do Meio Ambiente por um plano de governança e uma avaliação ambiental estratégica para liberar o licenciamento da rodovia, condição que, segundo especialistas, pode inviabilizar a execução da obra ainda no atual mandato presidencial. Marina Silva argumenta que o asfaltamento pode provocar um aumento do desmatamento e ameaçar a biodiversidade da região, o que exige rigor técnico e planejamento.
No entanto, para Wilker, o que tem prevalecido nos últimos 30 anos é a omissão do Estado, que abre espaço para ilegalidades como grilagem, desmatamento e exploração predatória. Ele defendeu que a ausência de infraestrutura é o verdadeiro gatilho da devastação ambiental, e não a obra em si.
“Eu concordo com o posicionamento do senador Omar Aziz. As fundamentações, os argumentos trazidos pelo senador foram coerentes. Ali foi um confronto de ideias, o posicionamento feito pela ministra que a BR devastou mais quando passou a ser anunciada sobre pavimentação, até acho que tem um pouco de fundamento. Mas, pela lentidão do poder público de tomar a sua parte, tem 30 anos que se fala em pavimentar, 30 anos de desgoverno, por quê? Porque quando o Estado não está presente, o que impera é a ilegalidade”, enfatizou.
O deputado também criticou o comportamento de Plínio Valério, que mais uma vez desrespeitou a ministra, lembrando que o debate ambiental precisa ser feito com responsabilidade, mas também com foco na realidade de milhões de amazonenses que dependem da rodovia para acessar saúde, educação e oportunidades econômicas.
“Primeira etapa que vejo é que o senador Plínio Valério precisa pedir desculpas. Ele perdeu uma oportunidade ímpar de fazer um debate elevado, ali era para contra argumentar os questionamentos e as barreiras ambientais impostas pelo Ministério do Meio Ambiente e novamente ele erra e comete um desrespeito claro à ministra de Estado. Eu posso discordar de qualquer pensamento, mas quando você passa para o campo do desrespeito, você perde toda a razão”, declarou.
Wilker destacou que a fala de Omar Aziz representa o sentimento de indignação de quem vive os impactos da falta de conectividade no Amazonas. Em episódios como a crise do oxigênio durante a pandemia, a BR-319 foi símbolo da ausência do Estado e das consequências dessa desconexão.
A pavimentação da rodovia
A pavimentação da rodovia é defendida por diversas lideranças políticas do estado e foi prometida pelo próprio presidente Lula. Ainda assim, a obra segue travada por disputas técnicas, jurídicas e ambientais. Barreto cobrou união entre as esferas de poder para que a BR-319 saia do papel, destacando que o desenvolvimento sustentável não se faz com inércia, mas com ação planejada, responsabilidade e compromisso com o povo da Amazônia.
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