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O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD), criticou a falta de visão dos governos estaduais, nas últimas décadas, que não promoveram outras atividades econômicas a partir do modelo bem sucedido da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Às vésperas do aniversário de 55 anos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), celebrado nesta segunda-feira, 28, um decreto do governo federal diminuiu em 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) o que, na prática, retira a competitividade econômica das indústrias do Amazonas e ameaça mais de 500 mil empregos diretos e indiretos.
“No dia em que a principal fonte de emprego e renda do estado celebra pouco mais de cinco décadas de existência, vemos as falhas dos governos anteriores que usaram a ZFM como carro-chefe da economia e esqueceram de aproveitar o seu potencial para gerar um desenvolvimento ainda maior em nosso estado. O governo do Estado não teve a iniciativa de investir em alternativas ao nosso principal modelo econômico. Um exemplo poderia ser o investimento no turismo, na diversificação da indústria com novos polos, como o mineral também, entre tantos outros”, ressaltou o parlamentar.
Ricardo Nicolau destacou o papel das indústrias instaladas do Polo Industrial de Manaus (PIM) na conservação da floresta amazônica e chamou de ‘duro golpe’ o decreto assinado pelo ministro da economia, Paulo Guedes. “A Suframa completa 55 anos ajudando no crescimento social e econômico do nosso estado e mantendo a floresta em pé. Mas como presente, recebeu um duro golpe do governo federal através de um decreto que, na prática, coloca em risco a existência da Zona Franca de Manaus”, afirmou.
Os números
Atualmente, o modelo Zona Franca de Manaus é responsável pela geração de mais de 500 mil empregos, entre diretos e indiretos. Destes, 107 mil apenas no PIM, conforme dados do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam). Em 2021, a produção do PIM obteve um crescimento superior a 6%, mesmo com as restrições causadas pela pandemia de Covid-19.
O presidente da CAE lembrou ainda que é preciso esquecer as vaidades e unir as classes política e empresarial, bem como a sociedade como um todo, em torno da defesa da ZFM. “Precisamos nos unir para evitar o pior, não é hora de A e B, mas sim de todos lutarem a favor da Zona Franca de Manaus. Lutar a favor da economia, da floresta e do nosso povo”, finalizou Ricardo Nicolau.
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