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Sinésio Campos cobra explicações da Cigás sobre possibilidade de investimentos no leilão de térmicas

Por Assessoria de Comunicação

26.mai.2022 20:03h
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Foto: Divulgação Assessoria

O deputado estadual Sinésio Campos (PT), em discurso na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), cobrou explicações da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) sobre o motivo de possível investimento em 60% no leilão de térmicas a gás, destinadas à capital ou região metropolitana do Amapá.

O Estado é o único do Norte que não há vigência da nova lei do gás, que estabelece regras sobre o serviço de distribuição e comercialização da matéria-prima.

Vale esclarecer que o Ministério de Minas e Energia abriu edital para construção de térmicas a gás na região Norte e a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), da qual a Cigás faz parte, sugeriu que no próximo leilão possa investir os tais 60% do produto no Amapá.

Para Sinésio Campos, a articulação tem influência direta do empresário baiano Carlos Suarez, que, atualmente, detém 83% das ações da Cigás.

“Mais uma vez o governo federal ataca o Amazonas e, agora, tendo um dos vilões que explora o gás no país, que chama-se Carlos Suarez, associado à Abegás. Das 11 empresas de gás do Brasil ele é sócio majoritário de 8, dentre elas a Cigás do Amazonas, que garante ao Carlos Suarez um montante de 800 mil reais ao ano”, revelou Sinésio.

Caso a manobra aconteça, o cenário será desfavorável para o Amazonas, visto que a ação afetaria a geração de empregos e novos investimentos no mercado de gás natural da região, argumentou o parlamentar.

“Recentemente, nós sofremos um golpe do governo federal, que reduziu, por meio de decretos, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em até 35% e outro que acabou com o incentivo a empresas que produzem concentrados para a fabricação de bebidas, na Zona Franca de Manaus (ZFM). Agora, querem tirar a geração de emprego e investimentos da iniciativa privada, no momento em que o Amazonas busca novas alternativas econômicas”, destacou Sinésio.

Segundo Sinésio Campos, Suarez quer investir no Amapá por falta de normas que regulamentam o serviço de distribuição e comercialização, visto que no Amazonas é vigente a lei do gás, que estabelece regras para prestação de serviços de distribuição do gás canalizado, com o detalhamento das exigências e obrigações das concessionárias, aumentando a competitividade no mercado local.

“Nós fomos responsáveis pela quebra do monopólio do Gás no Amazonas, fazendo com que outras empresas pudessem investir no setor. Se os investimentos forem para o Amapá o poder vai estar nas mãos de Suarez, da sua empresa”, completou Sinésio.

Reserva de Gás Natural no Amazonas
Segundo dados da Petrobrás, o Amazonas possui a maior reserva terrestre de petróleo e gás natural do Brasil. O potencial de gás natural do Estado chega a 130 bilhões de metros cúbicos, dos quais 77,9 bilhões estão concentrados em Urucu com reservas comprovadas.

“Nós fomos responsáveis pela quebra do monopólio do Gás no Amazonas, fazendo com que outras empresas pudessem investir no setor. Se os investimentos forem para o Amapá o poder vai estar nas mãos de Suarez, da sua empresa”, completou Sinésio.

Reserva de Gás Natural no Amazonas
Segundo dados da Petrobrás, o Amazonas possui a maior reserva terrestre de petróleo e gás natural do Brasil. O potencial de gás natural do Estado chega a 130 bilhões de metros cúbicos, dos quais 77,9 bilhões estão concentrados em Urucu com reservas comprovadas.

 

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