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A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) recebeu, nesta segunda-feira (17/11), a exposição fotográfica “Amazônia Preta em Movimento”, do Coletivo Arte Ocupa, em homenagem à Semana da Consciência Negra. A iniciativa reforça a importância da luta contra o racismo e da valorização da cultura afro-brasileira, e foi realizada por meio do gabinete do deputado Sinésio Campos (PT).
A mostra, que pôde ser conferida durante todo o dia no hall Homero de Miranda Leão, reúne o trabalho de dez artistas locais, com pinturas, desenhos, fotografias e esculturas.
“Amazônia Preta em Movimento” é assinada pelas artistas Yires, Geci, Sísi Rolim, Anete Valdevino, Rosa Mariwo, Vivian Evangelista, Maur, Vick, Ventinho e Shek Rosas, e tem o propósito de reafirmar a potência da arte negra feminina como prática estética, política e de reexistência na Amazônia.
Racismo
Segundo o Censo 2022, do Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 9,9% da população da Amazônia Legal se declara preta, enquanto 65,2% se identifica como parda, demonstrando que grande parte da população é de origem afrodescendente.
O povo negro ocupa papel central na construção da identidade cultural, social e econômica do Brasil, destaca o deputado Sinésio Campos.
“Desde a resistência nos quilombos até as contribuições nas artes, na ciência e na política, a presença negra moldou o país em todas as dimensões”, afirmou.
Um levantamento da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), identificou 632 territórios quilombolas na Amazônia Legal — um aumento de 280% em relação ao mapeamento anterior. No Amazonas, o IBGE contabilizou 2.705 pessoas quilombolas distribuídas em sete municípios, consolidando o estado como peça central na presença negra na floresta.
Os dados reforçam que a história, a cultura e a identidade da Amazônia estão profundamente ligadas à contribuição negra, presente nas tradições, na culinária, na música, nas manifestações culturais e na resistência de suas comunidades.
Pesquisas recentes mostram que mais de 80% das pessoas negras já sofreram algum tipo de discriminação racial, seja em ambientes públicos ou privados. Além disso, indicadores sociais revelam que a população negra enfrenta maiores índices de desemprego e menor acesso ao ensino superior em comparação à população branca.
20 de novembro
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, marca a morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola e símbolo da luta contra a escravidão. Desde 2024, a data é reconhecida como feriado nacional, reforçando seu papel como momento de reflexão e mobilização.
A data não é apenas uma homenagem histórica, mas também um chamado à reflexão sobre o racismo estrutural e sobre a necessidade de políticas públicas que promovam a igualdade racial.
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