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No coração da floresta, o estado do Amazonas celebra nesta quarta-feira (5) não apenas o Dia Internacional da Mulher Indígena, mas também o Dia Estadual da Mulher Indígena e o Dia da Amazônia, marcando um tributo triplamente significativo à cultura, aos direitos e à preservação ambiental.
Enquanto o mundo volta os olhos para a importância das mulheres indígenas em suas comunidades e na luta pela conservação da maior floresta tropical do planeta, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) se destaca como um catalisador de mudanças em prol dessas mulheres e da Amazônia.
Estabelecida em 11 de junho de 2021, após sanção do governador Wilson Lima ao Projeto de Lei nº 658 de 2019, de autoria do presidente Roberto Cidade (União Brasil), o Dia Estadual da Mulher Indígena tem, segundo o parlamentar, o objetivo de “traçar, discutir, refletir, fortalecer e, sobretudo, reivindicar as questões, pensamentos e necessidades que as indígenas vivenciam no cotidiano, além de comemorar o dia 5 de Setembro como Dia Internacional da Mulher Indígena, e assim fazer desse dia um dia de luta das mulheres indígenas no Estado do Amazonas”.
Dia Internacional da Mulher Indígena
O Dia Internacional da Mulher Indígena, estabelecido em 1983, representa uma memória coletiva que remete a um momento de confronto. O nome que ecoa como símbolo de bravura e inspiração por trás desta homenagem pertence à índia quéchua Bartolina Sisa. Ao lado de seu marido, Túpac Katari, ela liderou uma rebelião contra os colonizadores espanhóis nas terras do Alto Peru, região que corresponde à atual Bolívia, em 1781.
No entanto, a data desempenha um papel essencial ao nos lembrar que o racismo tem impedido o movimento das mulheres de reconhecer e compreender plenamente a riqueza de sabedoria ancestral que emana dos povos indígenas.
Dia da Amazônia
Instituído pela Lei Federal nº 11.621, de 2007, o Dia da Amazônia é uma referência à criação da Província do Amazonas, em 5 de setembro de 1850, na época em que o Brasil era governado pelo imperador Dom Pedro II.
Com uma extensão territorial de 7 milhões de quilômetros quadrados e composta por nove estados – Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão -, a Amazônia brasileira abriga uma vasta diversidade biológica, desempenhando um papel fundamental na manutenção do equilíbrio ambiental e climático global.
No entanto, devido à sua riqueza em espécies vegetais e animais, bem como em depósitos minerais, esse bioma frequentemente se torna alvo de atividades ilegais.
Os indicadores de desmatamento na Amazônia experimentaram uma queda significativa de 66% em julho, em relação ao mesmo mês no ano anterior, de acordo com os dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real.
Em agosto deste ano, foram identificados 500 km² de área degradada, em contraste com os 1.487 km² registrados em julho de 2022. Embora o índice de desmatamento ainda se mantenha em níveis preocupantes, observa-se uma notável redução em comparação com o ano anterior.
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