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CPI da Amazonas Energia ouve depoimento de diretores da Companhia de Gás no Amazonas

Por Diretoria de Comunicação da Aleam

30.nov.2021 17:34h
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Foto: Divulgação Dicom

Nesta terça-feira (30), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia realizou sua 16ª reunião, ouvindo o depoimento do diretor-presidente da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), René Levy Aguiar, acompanhado pelo diretor-técnico da Companhia, Clóvis Correia. Durante a reunião, os depoentes apresentaram dados sobre a atuação da Cigás em relação ao sistema termelétrico e foram questionados pelos membros da Comissão a respeito da economia feita pelo uso do gás natural na geração de energia no Amazonas.

O presidente da CPI, deputado Sinésio Campos (PT), questionou René a respeito da produção total de gás natural no Estado, do valor e de quanto foi repassado nos últimos 3 anos para o setor termelétrico. O diretor-presidente apresentou dados da produção no Estado segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (NAP). “Aqui no Estado temos dois produtores atualmente: a Petrobras, em Urucu, e a Eneva, em Silves (distante 204 km de Manaus em linha reta). A produção bruta total no Estado, segundo a ANP, em 2019 foi de mais de 15,2 milhões de m³; em 2020 foi de mais de 13,5 milhões de m³; e em 2021 foram mais de 13,4 milhões de m³”, afirmou.

René Aguiar explicou que o preço de produção não é divulgado pelos produtores e nem pela ANP. “Mas a respeito do volume repassado, o que nós recebemos e repassamos de gás para os consumidores do setor termoelétrico, que são as unidades de Mauá, Aparecida, Tambaqui, Jaraqui, Cristiano Rocha, Manauara, Gera, e as termelétricas de Anamã (165 km), Anori (195 km), Caapiranga (134 km), Codajás (240 km) e Coari (363 km), temos volume comercializado com Amazonas GT, que é o nosso único contrato, mais de 4.6 milhões de m³ em 2019, quase 5 milhões de m³ em 2020 e mais de 5,1 milhões de m³ em 2021”, declarou.

O deputado Dermilson Chagas (sem partido) questionou o diretor da Cigás sobre o motivo pelo qual a economia que o setor termelétrico atingiu, ao substituir o óleo diesel pelo gás natural no Amazonas, nunca ter sido repassado aos consumidores. O diretor René Aguiar explicou que o setor eletroenergético economizou em média R$ 400 milhões com a troca entre os combustíveis. “Mas nós temos um custo Brasil, entramos no sistema nacional. Então esse valor não foi repassado para os contribuintes. Essa eventual economia é distribuída em todo país com os demais empreendimentos”, respondeu.

O diretor-técnico da Cigás, Clóvis Correia, falou sobre a mudança na composição do valor taxa quando o Amazonas entrou no Sistema Integrado de Energia Elétrica. “A entrada no Sistema Integrado muda os encargos, como por exemplo, a Conta de Compensação de Combustíveis Fósseis (CCC). O Amazonas pagava uma tarifa baixa porque os consumidores de todas as unidades do Brasil pagavam essa taxa, que compensava o valor da produção no Amazonas, quando estava no Sistema Isolado. Mas para sabermos exatamente onde a economia da produção com o gás natural ficou completamente diluída, teríamos que consultar a Aneel ou as empresas de geração de energia para sabermos o quanto é o peso do combustível no preço da fatura final”, explicou.

A próxima reunião da CPI da Amazonas Energia será realizada nesta quarta-feira (1), às 14h, com os depoimentos dos diretores responsáveis pelas empresas independentes de geração de energia elétrica que atuam no Amazonas.