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CPI da Amazonas Energia solicita fiscalização em medidores e Ipem revela que aparelhos contabilizavam o dobro na fatura

Por Assessoria de Comunicação

12.fev.2022 9:43h
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Foto: Divulgação Assessoria

A CPI da Amazonas Energia realizou, nesta sexta-feira (11), a 23ª reunião itinerante, no Alvorada II, zona Centro-Oeste de Manaus. Durante a sessão, o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM/AM), um dos órgãos convidados, revelou que, após fiscalização, os medidores de energia apresentaram o dobro na contagem de consumo elétrico, impactando diretamente no valor da fatura.

Segundo o diretor-presidente do IPEM/AM, Márcio Brito, a população estava correta quando suspeitava da leitura dos medidores. “Fiscalizamos mais de 25 mil medidores de energia elétrica e os consumidores tinham razão, porque os aparelhos estavam marcando errado. Em alguns casos, o valor cobrado estava vindo dobrado”.

O diretor-presidente do IPEM/AM completou ainda que o laudo da Amazonas Energia é unilateral e ilegal. “O laudo da concessionária não tem validade, visto que o oficial é do Ipem. O Ipem é o órgão delegado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), para realizar a medição e definir se os medidores de energia estão marcando corretamente ou não”, completou Márcio Brito.

A sessão itinerante contou com a participação dos moradores do bairro Alvorada II, dentre eles o senhor Izaquiel Alves, de 59 anos, que revelou ter sua energia cortada após uma cobrança de R$ 80 mil reais, gerada pela Amazonas Energia. De acordo com Izaquiel, a conta alcançou esse valor depois do próprio sofrer um acidente, não conseguindo a renda necessária para pagar a fatura.

“Depois do acidente que comprometeu o movimento das minhas pernas, não consegui trabalho e as contas foram acumulando. Tentei negociar, mas sem sucesso, tendo dessa maneira a energia cortada”, explicou Izaquiel.

O presidente da CPI da Amazonas Energia, deputado estadual Sinésio Campos (PT), afirmou que irá lutar na Assembleia Legislativa para que os consumidores inadimplentes junto à concessionária não tenham seus nomes encaminhados ao Serasa.

“Não queremos que as dívidas de energia sejam repassadas aos cartórios, visto que quando há esse repasse, o nome segue para o Serasa. De uma multa pequena, acaba virando algo impagável, pois como o senhor Izaquiel vai pagar uma dívida de R$ 80 mil? Será que ele vai para vela ou lamparina?”, disparou o deputado estadual Sinésio Campos.

O parlamentar disse ainda que as reuniões itinerantes da CPI oportunizam ao cidadão a registrar a denúncia em órgãos como o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon/AM), Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), Defensoria Pública do Amazonas (DPE/AM) e Ipem.

“Queremos garimpar denúncias que possam substanciar o relatório final da CPI. Essa empresa está causando danos morais e psicológicos, tem gente que não pode nem ver o carro da Amazonas Energia que já passa mal”, enfatizou Sinésio Campos.

A sessão contou além do presidente da comissão, deputado estadual Sinésio Campos; com o deputado João Luiz (PRB) e de maneira virtual, os deputados Carlinhos Bessa (PV), relator, e Serafim Corrêa (PSB). Representando o Procon/AM, o diretor Jalil Fraxe;  Ipem, o diretor-presidente Márcio Brito; DPE/AM, o defensor público do Amazonas, Kennedy Monteiro e lideranças comunitárias do Alvorada II.

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