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Dan Câmara afirma que a imersão no Médio e Alto Solimões revela um Amazonas isolado

Por Assessoria de Comunicação

11.out.2023 14:20h
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Foto: Divulgação Assessoria

O deputado Comandante Dan (Podemos) encerra nesta quarta-feira, 11, a rodada de 15 Audiências Públicas em diferentes municípios do Médio e Alto Solimões, realizadas com a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas (CSP- Aleam). O objetivo é traçar um diagnóstico da região mais próxima à tríplice fronteira e mais impactada pelo narcotráfico, na busca de propor soluções e projetos de lei que atendam aos anseios dos cidadãos.

O percurso, que começou dia 2 de outubro, na cidade de Tefé (distante a 522 quilômetros de Manaus), subiu à Tabatinga ( 1.106 quilômetros) e encerra em Uarini (565 quilômetros), revela, de acordo com o parlamentar, um caminho de seca e isolamento. “Boa parte dessas cidades está privada de acesso fluvial, sendo o único disponível, em razão da seca dos rios; o acesso terrestre não existe e somente os municípios polo possuem frequências aéreas regulares; ou seja, nosso povo está isolado”, explicou.

O parlamentar, presidente da CSP, diz que a pior situação não está na sede dos municípios, mas nas comunidades rurais. “Estive em muitas comunidades, onde é preciso caminhar mais de uma hora para chegar. Guardo com emoção minha passagem pelas comunidades de Bom Futuro e Sapotal, primeiro deputado a estar no local, após a eleição e trago a certeza que nossa gente é dotada de uma resistência heróica”, analisou.

Câmara acredita que exista um vazio que o poder público precisa preencher, utilizando a tecnologia hoje disponível. “Torres de internet e aeronaves remotamente pilotadas, os famosos drones, podem estreitar essa relação e suprir essa ausência do Estado; desde a educação à distância à pronta resposta em calamidade e sinistros, tudo pode ser monitorado tecnologicamente, levando assistência àqueles cidadãos”, disse.

Uma das situações que mais impressionou o deputado foi a quantidade de queimadas encontradas ao longo do Solimões. “Tive a nítida impressão que a floresta inteira estava pegando fogo. Vista de cima, a imagem é desesperadora e reforça meu firme propósito de levar investimentos consistentes ao Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas”, antecipou.
Câmara destacou novamente a necessidade do uso da tecnologia. “Os relatórios do CBMA dão conta que o número de focos de incêndio este ano de 2023 foi pelo menos 25% menor que em 2022, mas que fenômenos climáticos, entre eles o El Nino, promovem a concentração da fumaça; mas precisamos chegar antes e eventualmente prender infratores; nesse contexto precisamos investir ainda mais no Batalhão Ambiental”, acentuou.

Encerradas as Audiências Públicas, o trabalho da CSP será de compartilhar todos os relatos com as diferentes esferas de poder, encaminhar alguns assuntos mais emergenciais e elaborar projetos de lei que atendam às necessidades dos cidadãos. “Vim aqui focado na segurança, e levo muitos relatos que extrapolam minhas expectativas; foi uma experiência humanamente enriquecedora, tenho vontade de escrever os diários do Médio e Alto Solimões”, declarou Dan Câmara.