Dan Câmara fala dos principais desafios para um Plano Emergencial de Segurança

A mudança no comando da Segurança Pública trouxe ao plenário do Legislativo Estadual um tema que tem sido recorrente nas falas do deputado Comandante Dan(Podemos), o plano emergencial para o enfrentamento da crise de segurança que o Estado enfrenta. A operação da Polícia Federal e a troca de titular da pasta, segundo ele, atestam a crise que vivemos e que exige celeridade e objetividade ao seu enfrentamento.

Dan Câmara lembrou que o recurso do plano emergencial já foi implementado no Amazonas, entre 2008 e 2010, e se revelou uma estratégia de pronta resposta eficiente e eficaz para resolutividade de uma crise. Ele também defende que é uma forma de unir esforços com outras esferas de poder e de concentrar forças para uma ocupação de espaços mais imediata e ostensiva. “É quando o Estado ocupa os vazios que cedeu ao crime organizado”, disse.

O parlamentar, que já comandou a Polícia Militar, já fez parte da Força Nacional e foi Secretário Executivo-Adjunto de Planejamento e Gestão Integrada de Segurança, enumerou quatro pontos fundamentais a serem tratados por um plano emergencial: a carência de contingente policial militar e civil e de bombeiros militares; a pirataria dos rios; a segurança das fronteiras e a pouca presença no interior.

Aos pontos apresentados como de necessária abordagem, Dan falou da possibilidade da colaboração das Forças Armadas no combate à pirataria dos rios e da decretação de ato formal de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na faixa da tríplice fronteira, providências que imediatamente trariam adesão de contingentes, tecnologia, equipamentos e provocariam um choque de ordem.

Ele lembrou dos concursados aprovados e da lei que permite a reconvocação de polícias da reserva como uma forma de diminuir a carência de tropas.

O parlamentar destacou ainda a decisão Supremo Tribunal Federal (STF) que as guardas municipais fazem parte do sistema de segurança pública, o que as autoriza a realizar o policiamento de vias e prisões em flagrante, uma alternativa a interiores com situações mais críticas.

O deputado Comandante Dan encerrou sua fala reforçando a necessidade de fortalecimento do Sistema de Inteligência de Segurança Pública e do emprego de ferramentas e soluções tecnológicas, a exemplo aeronaves remotamente pilotadas, mais conhecidas como drones. Ele destacou que são recursos que, além de aumentar o índice de resolutividade de crimes violentos letais intencionais, compensam, de certa forma, a carência de contingente.

O deputado enfatizou em sua fala que o Governador Wilson Lima deveria chamar para si, ou determinar ao seu vice-governador, o comando das ações de segurança, em conjunto com o Secretário da pasta, para garantir sucesso e celeridade ao plano.