Deputado Adjuto Afonso alerta sobre as consequências da cheia dos rios no Amazonas

“Estamos muito preocupados com a cheia que já chegou e temos a informação de que vários municípios já decretaram estado de emergência, quatro deles na Calha do Juruá que é o município de Guajará, Ipixuna, Envira e  Eirunepé e um município na região do Purus, que é Boca do Acre”, alertou o deputado estadual Adjuto Afonso (PDT), durante seu pronunciamento nesta terça-feira (29), na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

O deputado reforçou a necessidade de um apoio especial e emergencial tanto da Defesa Civil quanto da Secretaria de Saúde para mobilizar ações contra os agravantes decorrentes desse fenômeno natural, que é a cheia dos rios, que ocorre anualmente no Amazonas.

O parlamentar relatou que o Governo já se antecipou e reforçou que sejam enviadas equipes da Defesa Civil para auxiliar os prefeitos na condução de ações que minimizem os impactos naturais, bem como prover recursos para socorrer as famílias atingidas, via Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas).

Segundo Adjuto, o município de Boca do Acre (distante 1.028 km de Manaus) já está sofrendo com  a cheia. No ano passado, o município enfrentou uma das maiores enchentes desde 1997, quando o Rio Acre atingiu a cota máxima, de 21,04 metros. Em 2012, foram 20,54 metros e em 2015, 20,38. De acordo com a Prefeitura de Boca do Acre, 1,7 mil famílias já foram atingidas pela cheia dos rios, sendo 500 em seis bairros da área rural e 1.200 em 92 localidades da zona rural. Os moradores começaram a ser levados, na sexta-feira, 25, para abrigos na área central da cidade.

O deputado ratificou que a cheia é uma situação preocupante que causa danos materiais, ambientais, econômicos e sociais, afetando centenas de famílias, lembrando também dos problemas de saúde como por exemplo, malária, dengue, hepatite e leptospirose.

“Constantemente estaremos vindo à tribuna para que esses municípios sejam assistidos pelos órgãos competentes, pois sabemos as dificuldades vividas por esses munícipes, que sofrem trágicas consequências passando por alagamentos, correndo riscos, perdendo seu bens materiais e sofrendo principalmente com problemas de saúde”, disse Adjuto.

Segundo a Defesa Civil do Amazonas, no Estado há três municípios em situação de atenção, são eles: Humaitá, na calha do Madeira; Manacapuru, na calha do baixo Solimões e Manaus, na calha do Rio Negro. Outras seis cidades estão em situação de alerta: Pauini, Lábrea e Canutama, na calha do Purus; Itamarati, na calha do Juruá e Nova Olinda do Norte, na calha do Madeira.

Nívia Rodrigues
Jornalista MTB/AM 207
(92) 99983-6147 / 3183-4330