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Dermilson Chagas critica falhas graves da gestão Wilson Lima e diz que governador tem um livro de desculpa para encobrir erros

Por Assessoria de Comunicação

30.mai.2022 10:19h
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Foto: Márcio James

O deputado Dermilson Chagas (Republicanos) fez críticas às diversas falhas graves da gestão Wilson Lima, que já causou a morte de 31 pessoas em Manaus no episódio da crise de oxigênio medicinal, nos dias 14 e 15 de janeiro de 2021, durante a segunda onda da pandemia; na paralisação de cirurgias para pacientes cardiopatas infantis no hospital Francisca Mendes no ano passado, e aos vários acidentes com vítimas fatais ocorrido em 2021 e 2022 na estrada AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara.

O parlamentar relembrou ainda a compra de respiradores em loja de vinho, o aluguel de jato exclusivo para o governador por R$ 9,3 milhões, a falta de transparência na utilização de recursos do FTI e dos recursos direcionados para ações de combate à Covid-19, os gastos excessivos do Governo do Estado com publicidade, e a falta de aparelhamento da rede estadual de saúde na capital e no interior.

Para o deputado Dermilson Chagas, é injustificável que o Governo do Amazonas que foi eleito para governar o Amazonas e, portanto, disponibilizar bons serviços à população, faça justamente o contrário, ou seja, tenha uma gestão cheia de falhas e ainda contribua, por meio desses erros de administração, para que pessoas venham a falecer.

“O governador tem um livro de desculpas. Se alguém morre no SUS, a culpa é do povo. Se morre um cidadão de bem, é porque é traficante, é bandido, é de facção. Se o Governo não realiza obras, a culpa é das chuvas. Mas o interessante é que para a estrada Anori-Codajás já foram pagos mais de R$ 66 milhões. E cadê a chuva, cadê o sol? Como é essa história que não se trabalha porque está chovendo? Ou seja, o Governo do Amazonas tem um livro de desculpas para dar para a população, que, na verdade, já percebeu claramente que nessa gestão o que cresceu mesmo foi a corrupção e a bandidagem”, criticou o deputado Dermilson Chagas.

 

Morte por asfixia

O deputado Dermilson Chagas disse que a crise de oxigênio que Manaus viveu nos dias 14 e 15 de janeiro levou a cidade a um cenário de caos porque nesse período foram registrados elevados números de contágio e de óbitos. Ele destacou que todo esse sofrimento, e que foi acompanhado por todos os deputados da Aleam, também foi registrado pela imprensa local, nacional e internacional.

Na época da crise de oxigênio, a imprensa noticiou que, segundo documentos obtidos e divulgados pelo Ministério Público de Contas, 31 pessoas morreram por falta de oxigênio em Manaus, nos dias 14 e 15 de janeiro. Além do aumento no número de pessoas contaminadas e de mortes, a crise do oxigênio trouxe sofrimento para as famílias que tinham de comprar cilindros com o gás utilizando seus próprios recursos.

 

Falta de planejamento

Dermilson Chagas reiterou que o Governo do Amazonas não possui planejamento nas suas ações e que a maior prova disso foi a não estruturação da rede estadual de saúde tanto na primeira quanto na segunda onda. Uma das provas dessa falta de organização e planejamento foram as mortes registradas em praticamente todas as unidades de saúde estaduais, especialmente no SPA e Policlínica Dr. José Lins, SPA e Policlínica Dr. Danilo Corrêa, SPA Alvorada e na Fundação de Medicina Tropical Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD).

Outro problema que o deputado Dermilson Chagas apontou foi que houve falta de leitos desde o início da pandemia, tanto na capital quanto no interior. O problema de falta de leito foi divulgado pelos veículos da imprensa nacional, dentre eles o jornal Correio Braziliense. O Governo do Amazonas acabou reconhecendo a sua falta de planejamento e estrutura e informou que iria transferir 235 pacientes de Manaus para outros estados.

 

Mortes na AM-010

O contrato de obras de reforma e ampliação da rodovia tem o valor global de R$ 366.051.861,42. Desse total, o Governo do Amazonas já pagou mais de R$ 32 milhões. Além disso, o Estado fez contrato com o Consórcio Bela Vista, formado pelas empresas Pontual Serviços de Locação e Construtora Ltda e C.D.C. Empreendimentos Ltda., para operações de tapa-buracos no valor de R$ 17,9 milhões, porém o serviço não foi executado.

Por essa razão, a rodovia continua esburacada e vem causando diversos acidentes, sendo alguns deles fatais, como o que ocorreu no dia 7 de fevereiro de 2022, quando uma jovem identificada como Josely Oliveira de Lima, de 23 anos, morreu carbonizada, após grave acidente no km 06 da AM-010. No dia 5 de março deste ano, um casal foi atropelado na AM-010, após um motorista tentar escapar de um buraco e atingi-los, causando as suas mortes.

“E olha que me processaram porque eu denunciei as empresas, antes mesmo do Governo do Amazonas realizar a concorrência pública para escolher quem seria a empresa que executaria essa obra, mas, mesmo assim, nenhum órgão tomou atitude, só mais recentemente o Ministério Público abriu investigação, mas, no Amazonas, não se abre investigação para todos esses absurdos que estão sendo denunciados. Por que será? O que está acontecendo nesse estado? A omissão de muitos vai levar esse estado a uma situação irreversível, e uma delas é a situação do tráfico, que já se instalou em todo o Estado, por culpa dessa gestão e da falta de ação de todos os órgãos que poderiam tomar algum tipo de atitude. A bandidagem cresceu e o Estado se apequenou.  O Estado foi fatiado para amigos e essa gestão não tem competência de colocar uma pessoa com capacidade que traga uma solução imediata para minimizar o problema da segurança pública. Outro problema é a saúde pública. Os hospitais estão lotados, tem pacientes nos corredores. Hoje faltam medicamentos e as filas dos exames são enormes. As pessoas estão morrendo e o governador fica com cara de paisagem. O retrato que nós estamos vendo é simplesmente o desenho que o governo fez em três anos”, argumentou o deputado Dermilson Chagas.

 

 

 

 

COORDENAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DO GABINETE: GUILHERME GIL E KELRIANE COSTA