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Dermilson Chagas denuncia uso político da UEA, critica o Governo e defende reajuste a servidores

Por Assessoria

08.jul.2021 17:06h
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Foto: Márcio Gleyson

Nesta quinta-feira (8), o deputado Dermilson Chagas (Podemos) criticou o uso político que o Governo do Amazonas está fazendo da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) no processo eleitoral para as unidades acadêmicas, que já estão em curso, e para a reitoria, que acontecerá em 2022. Segundo o parlamentar, o governador Wilson Lima (PSC) está tratando a instituição como se fosse uma Secretaria Estadual e está manipulando os recursos que são de direito dos professores e servidores para fazer marketing pessoal dentro da UEA.

“O Governo do Estado nomeou uma pessoa para fazer manobras políticas em favor dos seus interesses, que é a captação de votos, prejudicando os professores, porque eles ganharam na Justiça o direito a um reajuste de 25%, que corresponde a um valor de R$ 300 milhões, e o Governo quer usar o pagamento do professor em troca de voto nos candidatos dele”, denunciou o parlamentar.

O deputado Dermilson Chagas ressaltou que acredita na seriedade e discernimento da comunidade acadêmica, sobretudo dos docentes da instituição, cuja maioria é altamente capacidade, para repudiar essa atitude do Governo do Amazonas.

“Eu não acredito que os professores negociem os seus direitos para botar uma pessoa que o Governo do Estado quer como candidato para reitor nessa instituição, que tem como preceitos a moralidade e a ética. Lá, se ensina, se tem extensão e pesquisa, então, o Governo mexendo na UEA prejudica uma instituição que beneficia mais de 30 mil alunos no nosso estado”, destacou Dermilson Chagas.

Autonomia administrativa e financeira

O parlamentar enfatizou que os atos do Governo do Amazonas já estão prejudicando os professores e, caso os candidatos apoiados pelo Executivo estadual vença, prejudicará ainda mais o sério trabalho que é realizado pela instituição. Por essa razão, o deputado Dermilson Chagas tem defendido, frequentemente, na tribuna da Aleam, que a UEA precisa ter autonomia administrativa e financeira.

“A UEA precisa de autonomia administrativa para ela nomear quem ela quiser dentro do seu quadro funcional, ou seja, profissionais de lá mesmo, sem interferência externas. Agora, como relação à autonomia financeira, a instituição já tem de direito, mas não tem de fato, porque o Governo não repassa todo o recurso arrecadado para a UEA. E o Governo se apropria desses recursos indevidamente, prejudicando a Universidade no ensino, extensão e pesquisa”, explicou.

Gastos com publicidade

O deputado Dermilson Chagas afirmou que o Governo do Amazonas não prioriza a real necessidade da população e que, por essa razão, gasta mais dinheiro com publicidade do que o cartão social, que, em tese, seria para beneficiar a população, mas tem um alcance limitado porque os investimentos foram mínimos na área social. Ele frisou que, de acordo com o Portal da Transparência, os gastos do Governo do Amazonas, de janeiro de 2019 a junho deste ano, já totalizam R$ 235.969.141,62.

“O Governo do Amazonas não tem prioridade. O povo com fome e desempregado e o Governo gasta mais com publicidade do que com cartão social. Aqui, na Assembleia, eu defendi que fosse utilizado o recurso do FTI, de R$ 80 milhões, para beneficiar 400 mil famílias com o auxílio de R$ 300 por três meses para cada família, mas o Governo prefere gastar com publicidade mais de R$ 200 milhões. As prioridades do Governo ‘matam’ o povo”, enfatizou Dermilson Chagas.

Reajuste salarial

Na manhã desta quinta-feira, o deputado Dermilson Chagas voltou a solicitar da Presidência da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) uma data para que seja analisado o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores da Casa, que estão à espera de um reajuste salarial. Na última terça-feira (7/7), o parlamentar já havia feito o mesmo pedido.

Na ocasião, ele argumentou que, como o repasse do Governo para a Casa aumentou e como a arrecadação tributária está em alta desde 2019, seria justo que o presidente da Aleam, deputado Roberto Cidade (PV), concedesse o reajuste dos funcionários. Dermilson Chagas também argumentou que o período de pandemia também afetou economicamente os servidores da Casa. Ele justificou ainda que o aumento no salário vai beneficiar os funcionários que pretendem se aposentar em breve e que continuam trabalhando por meio de abono de permanência, para não ter perda salarial.

“Os funcionários daqui precisam ter essa data. Nós sabemos que hoje, já no meio do ano, seria uma parcela a mais e com esse reajuste já iria ajudar muito os servidores a ter uma renda maior. A arrecadação do Estado vem crescendo, com isso os repasses para os poderes também crescem, e é mais do que justo que os funcionários desta Casa tenham esse reajuste, até para que eles possam se aposentar, porque muitos estão com abono de permanência, e isso mostra que eles não estão ganhando o suficiente e esse PCCR dá garantias para eles terem uma aposentadoria digna”, justificou Dermilson Chagas.