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A partir de novembro deste ano, encerra-se a concessão para exploração do Porto de Manaus, que voltará para a responsabilidade do Governo do Amazonas. Por essa razão, o deputado Dermilson Chagas (Republicanos) sugeriu, nesta terça-feira (28), que o Governo do Estado utilize a estrutura portuária para alavancar a economia do Estado, disponibilizando serviços públicos, com custos mais baixos, para beneficiar a população amazonense.
Além de oferecer atracação de barcos e navios para beneficiar milhares de passageiros que necessitam de transporte fluvial e também milhares de turistas que vêm conhecer o Amazonas, o Governo do Estado pode voltar a disponibilizar serviços públicos, como carregamento e descarregamento de carga, além de estoque temporário de materiais, entre outros.
O deputado Dermilson Chagas disse que o Governo do Amazonas pode fechar uma parceria com a classe empresarial para que sejam oferecidos mais serviços, como lojas, agências bancárias, restaurantes, casas de câmbio, entre outros segmentos comerciais. De acordo com o parlamentar, todos esses serviços irão ajudar a impulsionar a economia no Amazonas.
“Um porto público pode movimentar milhões de toneladas de cargas e transportar milhões de passageiros. Isso resultará em um fluxo enorme e vai impulsionar a economia. O Amazonas precisa de um porto público de fato na capital porque todos os que existem em Manaus são privados, e o único porto público de Manaus está nas mãos de empresas que não disponibilizam serviços para a população e nem para outras empresas que necessitam dos serviços portuários para escoar seus produtos para outros estados e para o exterior e também para fazer importações. Por isso, é necessário que o Governo do Estado saiba utilizar adequadamente essa estrutura e não mais deixar nas mãos de quem não a utiliza em benefício da sociedade”, criticou o deputado Dermilson Chagas.
O parlamentar disse que o Porto de Manaus, que ainda continua arrendado, opera somente com embarcações domésticas que trafegam dentro do estado. O deputado Dermilson Chagas disse que, com isso, o Porto de Manaus deixou de baratear os custos alfandegários. “Cada embarcação que vinha para Manaus procurava um porto público e era um concorrente do porto privado. Então, perdemos muito. E eu nunca entendi como que um porto, que recebia toneladas de contêineres, ficou vazio e como um porto vazio dá dinheiro. É uma situação que temos de questionar: como é que o Porto de Manaus sempre deu dinheiro para essas pessoas estando vazio?”.
De acordo com o site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o setor portuário nacional (portos públicos e terminais autorizados) movimentou 179,8 milhões no primeiro bimestre deste ano. O número representa crescimento de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os terminais privados movimentaram 120,1 milhões de toneladas em janeiro e fevereiro, queda de 1% em relação ao mesmo período do ano passado. Os portos públicos movimentaram 59,6 milhões de toneladas, aumento de 8%. O minério de ferro foi a carga mais movimentada nesse início de ano. Em janeiro e fevereiro, movimentaram-se 49,4 milhões de toneladas: recuo de 8%. Soja, trigo e adubos (fertilizantes) cresceram 55,8%, 29,1% e 27,8%, respectivamente.
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