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Governo do Estado engana população com falso desconto no IPVA, diz Ricardo Nicolau

Por Assessoria de Comunicação

17.fev.2022 9:46h
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Foto: Divulgação Dicom

O Governo do Amazonas está enganando 490 mil proprietários de veículos com um falso desconto de 20% no valor do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2022. A constatação é do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD), após obter informações em Audiência Pública com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).

Na semana passada, o governador anunciou um decreto com a concessão de 20% de desconto no IPVA deste ano. Porém, conforme nota técnica divulgada pela Sefaz no ano passado, o Estado aumentou o IPVA em 22,49%, utilizando como base de cálculo a tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que elevou os preços de carros novos e usados em todo o país.

Para Ricardo Nicolau, a medida anunciada não gera benefícios aos motoristas. O deputado explica que, como o governo já oferecia anteriormente descontos de até 10% no recolhimento antecipado do imposto, a redução de 20% não é suficiente para cobrir o acréscimo de 22,49% no valor do IPVA. Portanto, na prática, o suposto abatimento não gera impacto real no bolso dos condutores.

“Esse desconto de 20% não faz diferença alguma para o contribuinte. Os cidadãos amazonenses não vão pagar menos no IPVA de 2022. Se o governo realmente quisesse dar desconto, manteria o imposto no patamar de 2021. A Sefaz tem autonomia para desvincular essa cobrança da tabela Fipe e poderia ter optado pela mesma base de cálculo de exercícios anteriores ou de acordo com a inflação”, explica o presidente da CAE.

Antes do anúncio do novo decreto, a Sefaz havia publicado a Resolução nº 29/2021, em dezembro do ano passado, a tabela de base de cálculo do IPVA deste ano. No documento, o governo deixa claro que a base escolhida é “o valor de mercado dos veículos, obtido com base no levantamento de preços pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe”, já considerando o aumento de 22,49%.

“A verdade é que se trata de um pseudodesconto. É uma medida eleitoreira, feita para enganar a população. Um marketing de um governo sem bons resultados para mostrar”, conclui Ricardo Nicolau. “Um desconto real não traria prejuízo algum ao Estado, que acumula recordes de arrecadação e que obteve R$ 2,7 bilhões a mais em caixa no ano passado.”

 

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