NOTÍCIAS

Mães de crianças traqueostomizadas denunciam falta de materiais e insumos na Cema e deputado Wilker Barreto cobra providências do Governo

Por Assessoria de Comunicação

14.nov.2023 17:47h
img
Foto: Divulgação Assessoria

O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) esteve nesta terça-feira, 14, com mães da Associação Família TQT, grupo que reúne pais de filhos traqueostomizados no Estado. Elas denunciaram que a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) está há mais de três meses com problemas no fornecimento de materiais, insumos e de alimentação aos pacientes que passaram pelo procedimento cirúrgico que estabelece uma nova via de ventilação entre o meio externo e a traqueia.

De acordo com as mães, itens como sondas de aspiração traqueal (tamanhos 8, 10 e 12) e cânolas sem balão, considerados essenciais para o funcionamento da traqueostomia, gases, seringas e até fraldas geriátricas (tamanhos M e G) e pediátricas (tamanho G) estão em falta na CEMA. Além disso, medicamentos como Lamotrigina e cremes de barreira também são alguns dos faltosos no estoque da unidade.

Para Ana Lúcia Marinho, mãe do pequeno João Carlos, 11, a falta desses itens tem colocado a vida do seu filho em risco, além de comprometer a situação financeira da família.

 

“O meu filho faz uso de 10,15 sondas por dia, e uma sonda dessa custa em média R$ 1,50. É um custo muito alto, e aí quando a gente chega na Cema, ou não tem ou dura poucos dias, e aí bate o desespero porque as crianças dependem disso para sobreviver. Fora alimentação e outras despesas”, afirmou Lúcia.

 

Itens alimentícios como as fórmulas nutricionais para os traqueostomizados, também estão em falta na Cema, como é o caso da dona Ivanilde Miranda, mãe da Larissa Manoela, de apenas 7 anos. Segundo ela, as três opções receitadas pela nutricionista não vêm sendo frequentemente fornecidas pelo Governo, impactando na qualidade de vida tanto das mães quanto dos filhos.

 

“A nutricionista receita três tipos de alimentação, as vezes falta um, a gente pega a outra, mas tem casos que não tem nenhuma das opções. Tem mês que vem, outro mês não tem, aí complica para as nossas crianças, porque quando elas não tomam, passam mal”, pontuou a mãe.

 

Cobrança

Diante da problemática, Wilker afirmou que a falta dos itens essenciais para as crianças traqueostomizadas é revoltante e que irá cobrar soluções da denúncia trazida pela Associação Família TQT, fundada em dezembro de 2020 e que conta com 71 mães e pais com filhos com traqueostomia.

“Isso é revoltante, três meses é muita coisa, de um Governo que vai fechar o ano com R$ 30 bilhões. São 71 vidas que dependem da Cema, fora aqueles que não fazem parte da associação, para onde está indo o dinheiro do Estado? Vou tomar todas as providências para que situações como essas sejam resolvidas e que possam trazer mais tranquilidade a essas mamães”, finalizou Barreto.