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’Não existe inteligência na segurança pública do Amazonas’, afirma Delegado Péricles

Por Assessoria

08.jun.2021 15:18h
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Foto: Dircom

O deputado estadual Delegado Péricles afirmou, na manhã desta terça-feira (8), que não existe Inteligência atualmente na Segurança Pública do Amazonas. De acordo com o parlamentar, o ataque de facção, após a morte de um dos seus integrantes, expôs a ausência total de informações de secretaria que devia ser capaz não só de neutralizar, mas de organizar reação a esse tipo de ações.

“A reação de traficantes à morte de um deles era previsível e quem é da segurança pública sabe disso. Hoje as facções estão fortemente armadas e o sistema de segurança fica aquém em poder bélico em diversas situações. É preciso haver inteligência, planejamento, organização. E não houve em momento algum. O que me deixou assustado nesses dias é que houve uma reunião de um Comitê de Crise que montaram e, no momento em que o principal ator deveria ser o secretário de inteligência, para passar informações, ele sequer tinha qualquer dado. Por isso eu posso garantir a vocês: não existe Inteligência na Segurança do Amazonas hoje “, afirmou o deputado estadual.

De acordo com o Péricles, o caos vivenciado pela população mostrou ação coordenada da criminalidade no estado, com o ataque a diversos pontos na capital e interior, sem atingir qualquer pessoa da população. “Eles atacaram apenas pontos sensíveis da cidade toda. Agiram de forma coordenada. Foi um sinal que eles mandaram. E a inteligência ainda disse que a ordem dos ataques tinha partido de dentro do presídio. Isso foi desmentido, inclusive, por

órgãos de inteligência federais que afirmaram ter saído do comando da facção que nem fica no Amazonas. A realidade é que não temos uma inteligência eficiente, que dê uma resposta eficiente para sociedade. Sem inteligência e tecnologia, é impossível mexer da estrutura das facções”, continuou.

Para Péricles, a pausa nos ataques aconteceu por exclusiva decisão dos criminosos. “Sim, as ações foram paralisadas não por ação do estado, mas porque a facção resolveu parar e não sabemos quando ela vai retomar esse tipo de ação”, concluiu.