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Problemática ambiental na Amazônia é discutida entre deputados por conta da realização da COP26

Por Diretoria de Comunicação da Aleam

03.nov.2021 15:15h
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Foto: Divulgação Dicom

A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP26, que teve início no último domingo (31), na Escócia (UK), reunindo representantes de 196 países signatários do Acordo de Paris, suscitou o debate sobre o meio ambiente, durante Sessão Plenária desta quarta-feira (3), entre os deputados estaduais.

O primeiro a falar do tema foi o deputado estadual Angelus Figueira (DC), que tratou das mudanças climáticas e sobre os impactos na floresta amazônica. “Precisamos discutir o assunto. Por isso estamos propondo uma Audiência Pública para tratar do impacto que a produção e exploração possam ter, pois precisamos produzir, mas com baixo impacto”, afirmou.

O deputado Serafim Corrêa (PSB) lamentou o retrocesso ambiental do Brasil, nos últimos anos, em termos de preservação ambiental e repudiou o descaso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com um evento da magnitude da COP26. “O Brasil tem caminhado na contramão da preservação do meio ambiente. O presidente tem negado que a Amazônia está pegando fogo e isso é ruim para o Brasil e para a América como um todo. Este era o momento de estarmos com um discurso proativo na COP26 e ele sequer aparece para dar uma resposta sobre o desmonte do Ibama, do ICMBIO; o avanço dos garimpos ilegais, entre outros,. Por isso quero deixar o meu repúdio”, afirmou.

O parlamentar também apresentou imagens de satélite do Google apontando desmatamento e a carência de energia elétrica na região amazônica. “Essa imagem dispensa palavras, basta ver a devastação da Amazônia e o apagão energético que pode ser visualizado pelas imagens de satélite à noite, onde é possível ver o sul e o sudeste iluminado e a região norte totalmente no escuro, demonstra a nossa carência energética”, analisou.Em aparte, o deputado estadual Tony Medeiros (PSD) lamentou que o Amazonas tenha se tornado uma mera compensação pelo desmatamento ambiental. Ele enfatizou que as pessoas que moram no sul do Amazonas estão preocupadas com a mudança na legislação ambiental. “Se é necessário o zoneamento, que se faça, então. Mas, a verdade é que lá existe um problema que deve ser resolvido. Sou a favor da conservação e da preservação, mas precisamos encontrar uma solução para legalizar quem quer se legalizar”, avaliou.

Em posicionamento semelhante, o deputado estadual Fausto Junior (MDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia, defendeu um relaxamento da legislação em prol do desenvolvimento da Amazônia, sem abrir mão da preservação ambiental. “Eu, como presidente da comissão de Meio Ambiente desta Casa, não posso me furtar de comentar a COP 26, mas o fato é que precisamos discutir formas de explorar o meio ambiente agredindo menos as nossas florestas. A falta da licença ambiental não exime a exploração, pelo contrário, dificultando a licença, forçam-se atividades econômicas, como a garimpagem, a viverem na ilegalidade, sem qualquer tipo de fiscalização e as pessoas que vivem desta atividade não passarão  fome por falta de uma licença”, afirmou.

 

Outros Temas

O presidente da Assembleia, deputado Roberto Cidade (PV), falou da decepção ao ver os números de abstenções de vacinação, principalmente em relação à 2ª dose em Manaus. Cidade salientou que em torno de 500 mil amazonenses não se vacinaram com a segunda dose.  “Se estamos voltando aos poucos à normalidade, é graças à imunização que hoje é possível e gratuita, porém, apenas a primeira dose não é o suficiente. A imunização completa só é alcançada com as duas doses da vacina. A pandemia só vai acabar quando todos estiverem imunizados com as duas doses”, destacou, apontando que em outubro, Manaus teve 13 dias sem nenhuma morte por Covid, o que se deve à vacinação em massa.

 

Repúdio

A deputada Joana Darc (PL) repudiou o que explicou ser apologia ao crime de feminicídio, a situação onde um rapaz aparece, num bar de Manaus, vestido com uma ‘fantasia’ do ex- goleiro Bruno segurando um saco de lixo com uma faixa com a palavra ‘Eliza’, que fazia alusão ao crime, o qual Bruno foi condenado.

“Como mulher, mãe e deputada fico indignada. Não podemos nos calar diante dessa situação e normalizar qualquer crime que seja. Por isso, formalizei Boletim de Ocorrência sobre o ocorrido e representarei no Ministério Público do Estado (MPE) contra essa apologia, pois este crime é um crime contra toda a nossa sociedade”, anunciou.