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Profissionais da saúde fazem denúncias em Cessão de Tempo de Wilker Barreto

Por Assessoria - Nathalia Silveira

04.mai.2021 17:28h
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Foto: Wilkinson Cardoso

“Profissionais da saúde estão pedindo socorro”. Foi clamando ajuda para a categoria que a Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Serviço de Saúde do Amazonas (Sindpriv-AM), Graciete Mouzinho, finalizou seu discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta terça-feira (4), em Cessão de Tempo do deputado estadual Wilker Barreto (Podemos).

O desabafo em tom de protesto é devido a reivindicações salariais de 3,5 mil trabalhadores temporários contratados de formas direta pelo Governo do Amazonas, embasado pela Lei Delegada nº 127/2020.  Entre as principais reivindicações da classe está o pagamento integral dos plantões (total de 13, mas pagos apenas 10), recebimento de periculosidade e/ou risco de vida e ticket alimentação.

“Quando o Governo criou essa Lei, falaram que nossos profissionais iriam deixar de passar fome, garantindo todos os direitos deles. Mas desde que entraram, o ticket de alimentação foi retirado deles, nunca receberam, assim como risco de vida. O total de pouco mais de 1 mil reais não dá para suprir as necessidades e, mesmo doente, eles estavam cuidando das pessoas, salvando vidas. E quando adoeceram, não tiveram uma UTI. Fora os plantões, que estão sendo três de graça e pagos apenas 10”, disse Graciete.

Dados do Sindicato revelam que desde janeiro de 2021, um total de 82 profissionais da saúde vieram a óbito devido a contaminação da Covid, enquanto dois mil profissionais estão sequelados.  Mesmo diante deste cenário devastador, a classe ainda precisa cobrar do Governo melhores condições de trabalho previstas em lei.

“É vergonhoso. A Cessão de Tempo hoje já está chegando ao limite da paciência, assim como as reuniões na Secretaria de Saúde do Estado (SES). Profissionais que arriscaram suas vidas por outras, estão implorando valorização”, destacou Wilker Barreto.

 

Contratação

Em janeiro de 2020, o Governo anunciou a contratação direta dos técnicos de enfermagem para atuarem na rede estadual de saúde. Para isso, houve a rescisão dos contratos com as empresas e cooperativas no exercício de dezembro de 2019. Os trabalhadores foram incorporados pela administração estadual e, pelo contrato, os técnicos de enfermagem cumpririam 13 plantões por mês, recebendo ao final de cada mês de acordo com o calendário de pagamento do Estado. De acordo com o Sindpriv, os plantões não estão sendo pagos de forma integral.