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Programa Sentinela da Vida de autoria da Dra. Mayara deve ser implementado no Amazonas

Por Assessoria de Comunicação

30.mar.2022 15:15h
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Foto: Divulgação Assessoria

A deputada estadual Dra. Mayara Pinheiro Reis (Progressistas), usou o tempo no grande expediente, desta quarta-feira(30), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), para destacar o trabalho realizado em prol da saúde da mulher. Durante seu discurso, Mayara falou sobre o aumento dos índices de mortalidade materno-infantil e anunciou a implementação do Programa Sentinela da Vida, de sua autoria.

De acordo com a parlamentar, o trabalho realizado nas maternidades precisa de atenção tendo em vista o alto índice de mortes entre mães e bebês no Amazonas, que é o dobro da média nacional.

“Desde 2020, venho falando sobre a pauta das maternidades e sobre os altos índices de mortalidade materno-infantil no estado.  A média nacional é de cerca de 90 óbitos a cada 100 mil habitantes e a nossa é o dobro”, afirmou Mayara.

Com o objetivo de melhorar o atendimento, acompanhamento das grávidas e reduzir os índices de mortalidade,  Dra. Mayara criou o Programa Sentinela da Vida por meio da Lei n° 5.334/2020. Segundo a autora, profissionais das áreas técnicas e médicos obstetras foram ouvidos para construção desse sistema de vigilância que visa ofertar um acompanhamento adequado para gestantes de alto risco.

Segundo a parlamentar, a execução do programa com êxito, requer adequação na atenção básica, secundária e terciária de saúde em todo o estado.

“Sabemos que, para que esse programa seja executado de forma satisfatória é necessário realizar um termo de cooperação técnica entre a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) e a Secretaria de Estado de Saúde (SES/AM). Precisamos equipar nossas maternidades, inclusive os anexos hospitalares do interior, nos municípios-polo, principalmente, com cardiotocografia, ultrassonografias de alta resolução, priorizando o atendimento e acompanhamento das grávidas em todo o estado”, explicou, a deputada.

Mayara ressaltou a necessidade da assistência, sob a justificativa de que 80% das mortes maternas no Brasil acontecem por causas evitáveis.

“É aquela mulher que tem pressão alta durante o pré-natal, mas, aquela que tem problema de diabetes gestacional ou a que tem uma predição de risco de sangramento na hora do parto e isso não é cuidado. A medicação não é administrada de forma correta, o acompanhamento não é adequado e acaba acontecendo a fatalidade de ela vir a óbito ou esse bebê sofrer ainda intra-útero e não ter a chance de tratamento satisfatório”.

A deputada espera que a implementação do programa ocorra o mais rápido possível.

“Hoje, recebi a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Dra. Tatiana Amorim. Ela me deu a boa notícia de que dentro dos próximos dias, o Programa Sentinela da Vida poderá fazer parte da pasta SES/AM e, eu tenho certeza que no médio, longo prazo, a gente vai ter uma atenção nas maternidades para as gestantes do Amazonas de forma mais organizada e técnica”, informou Mayara.

A deputada aproveitou a oportunidade para destacar, também, a Lei n° 5.559/2021 que dá à gestante o direito de fazer o exame de Ecocardiograma fetal. Segundo a deputada, o exame, quando realizado nos primeiros meses de vida aumenta as chances de tratamento e sobrevivência dos bebês.

“Através do Ecocardiograma é possível fazer uma triagem, ainda intra-útero, de crianças que sofrem de alguma deficiência ou má formação cardíaca. Isso é importante porque a taxa de sobrevida dessa criança é maior se for operada nos primeiros sete meses. Meu objetivo ao criar essa lei foi de tentar mudar o parâmetro que temos hoje, no Amazonas, no atraso de cirurgias cardíacas e também da baixa sobrevida dessas crianças”, justificou.

Fica assegurado ainda, de acordo com a Lei, o direito à realização de ultrassom morfológica no primeiro trimestre de gravidez.

“Isso não é preconizado de forma ascendente pelo Ministério da Saúde, mas, dentro da Sociedade Brasileira de Obstetrícia, vemos o quanto isso é benéfico. A mãe poderá fazer o exame no período adequado para saber se a criança tem alguma síndrome ou alguma deficiência ainda no útero”, concluiu Mayara.