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O Seminário “Articulando ações de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes” está acontecendo, no auditório Belarmino Lins, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta terça-feira (29) e quarta-feira (30).
O seminário é parte do projeto “Mobilizar e Agir”, parceria do Instituto de Assistência à Criança e ao Adolescente Santo Antônio (IACAS) com a Petrobras, para o enfrentamento e combate à exploração infantil, fortalecendo ações educacionais por meio de oficinas, realizadas em Manaus e em municípios como Careiro da Várzea (distante a 25 km de Manaus), Rio preto da Eva (a 57 km de Manaus) e Coari (a 363 km de Manaus).
A coordenadora geral do IACAS, Amanda Ferreira, explicou que o seminário é uma mobilização das redes de proteção de crianças e adolescentes. “É um encontro para reunir todas as organizações, que trabalham para combater a exploração sexual no Brasil, para articular ações, e também mobilizar pessoas para discutir a pauta do enfrentamento da violência sexual no Amazonas e convidar mais pessoas para abraçarem esta pauta junto com a gente”, garantiu.
A programação conta com apresentações sobre a análise da exploração sexual contra crianças e adolescentes no Brasil, técnicas de acolhimento e humanização na escuta de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, responsabilização de crimes contra a dignidade humana de crianças e adolescentes, além de tratar sobre a exploração sexual de adolescentes LGBTQIA+.
A palestrante desta terça foi a presidente do Instituto Liberta, Luciana Temer, que falou da importância em provocar o debate sobre o tema. O Instituto Liberta atua no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.
Luciana, que é advogada e foi delegada de polícia, secretária da Juventude, Esporte e Lazer do Estado de São Paulo e secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do município de São Paulo, destacou ser importante trazer a consciência e fazer o Brasil falar sobre exploração sexual infantil. Ela apontou dados, onde 60,6% de todos os estupros registrados no Brasil são de meninas com menos de 13 anos de idade.
“Quando a gente pergunta quem são as vítimas de estupro, sempre se pensa nas meninas, mas este pensamento é errado, porque hoje o abusador não distingue mais menino de menina. É importante salientar que o estupro não envolve apenas penetração, mas qualquer ato libidinoso e infelizmente a sociedade não enxerga isso”, lamentou.
Palestras
Entre os participantes, desta terça-feira, estão além da presidente do Instituto Liberta, Luciana Temer; o Padre Joaquim Hudson, da Cáritas Arquidiocesana de Manaus, que falou sobre a importância da escuta de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual.
Na quarta-feira (30), a programação começa com Luciana Reis, da ECPAT, coalizão de organizações da sociedade civil que trabalha para eliminação da exploração sexual de crianças e adolescentes. Ela falará sobre a exploração sexual no contexto do Turismo.
Continua com a palestra da delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA/AM); e segue com a assistente social, Valéria Barbosa Soares, da Casa Miga de Acolhimento LGBTQIA+, encerrando com Lucas Brito do Nascimento do Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborena.
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