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Serafim Corrêa alerta para o risco de desabastecimento de combustível no Amazonas com venda da Reman

Por Assessoria de Comunicação

02.jun.2022 12:08h
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Foto: Marcelo Araújo

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) disse, na manhã desta quinta-feira (2), que a superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica   (Cade) deve reexaminar com isenção a decisão que aprova a venda da Refinaria de Manaus Isaac (Reman) para o Grupo Atem. Para Serafim, a situação é grave e pode implicar no risco de desabastecimento no Amazonas.

“Venho tratar de um assunto que deve preocupar a todos. Quando a movimentação era dos petroleiros contra a venda da refinaria pela Petrobras para o Grupo Atem, era uma coisa. Poderia se dizer que aquilo era uma luta de empregados de uma empresa estatal que passariam a ser empregados de uma empresa privada. E poderiam perder vantagens e direitos. Temos que reconhecer suas razões e preocupações que merecem todo apoio”, disse.

O parlamentar exibiu no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas  (Aleam) a matéria publicada pelo site Amazonas Atual, ‘Distribuidoras citam aumento de preços e recorrem contra venda da Reman’, que traz a preocupação de distribuidoras com aumento dos combustíveis em decorrência da operação.

“A refinaria está sendo vendida para o Grupo Atem, mas a Ipiranga, Equador, Raízen e a Fogás estão recorrendo da decisão do Cade para que reexamine, porque o monopólio é muito ruim. Pior do que o monopólio estatal, é o monopólio privado. Vamos ter até o risco do desabastecimento, porque apenas uma distribuidora, que é a adquirente, iria ficar com todo o complexo de desembarque de derivados de petróleo. Isso também pode resultar em aumento de preços”,  alertou Serafim.

O líder do PSB na Casa Legislativa afirmou que o tema deve ser debatido e acompanhado pela Assembleia. “Essa luta não é apenas dos petroleiros”.

“Esta é uma luta de grandes empresas que também sentem, a exemplo do que dizem os petroleiros, que nós podemos estar diante de um aumento de combustíveis em decorrência da venda da refinaria de Manaus. Entendo que esse é um debate legítimo que deve ser travado no âmbito deste parlamento, que representa o povo e sabe que como será ruim para o Amazonas esta operação. Espero que o Cade haja com equilíbrio, serenidade e ouça todas as partes”, concluiu.