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O deputado estadual Sinésio Campos (PT) cobrou explicações, mais uma vez, sobre a falta de atendimento de saúde que os servidores da educação do interior do Amazonas estão enfrentando, mesmo após o Estado ter acatado proposta, feita pelo próprio deputado, de estender o plano de saúde Hapvida a esses profissionais. Segundo o parlamentar, a empresa está se apropriando do recurso, visto que, mensalmente, o executivo repassa o dinheiro à empresa. Devido a esta situação, o deputado solicitou um relatório com informações gerais referentes a este contrato.
De acordo com Sinésio, a Hapvida não está atendendo nenhum servidor da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), ainda que abranja mais de 15 mil assistências hospitalares e ambulatoriais desses servidores. “Essa Hapvida não pode ficar com um real do Governo do Amazonas, por essa razão, estamos solicitando um relatório com informações gerais referentes ao contrato celebrado entre a empresa Hapvida e a Seduc, que, a princípio, tinha o objetivo de oferecer assistência médica, hospitalar e ambulatorial aos servidores da educação. Se o Estado paga a empresa mensalmente, qual o motivo dela deixar de prestar tais serviços?”, questionou o deputado estadual Sinésio Campos.
O parlamentar esclareceu que a Hapvida havia acordado que iria instalar unidades hospitalares e ambulatoriais em 11 municípios polos do interior do Estado, mais Manaus. “O acordo era a Hapvida instalar uma unidade – por meio de convênios com clínicas, se necessário –, em Parintins (distante 369 km de Manaus em linha reta), para atender outros municípios como Barreirinha (331 km) e Boa Vista do Ramos (271 km); unidade também em Tabatinga (1.108 km), para atender os municípios de Atalaia (1.138 km) e Benjamim Constant (1.121 km); em São Gabriel da Cachoeira (852 km), para atender Barcelos (399 km) e Santa Isabel do Rio Negro (630 km); em Boca do Acre (1.028 km) para atender Pauini (923 km) e municípios vizinhos; Carauari (788 km), às margens do rio Juruá; em Tefé (523 km) no Médio Solimões; em Itacoatiara (176 km), para atender Silves (204 km), Itapiranga (227 km) e Uricurituba (208 km); Manacapuru (68 km), Coari (363 km), Humaitá (590 km), Borba (151 km), além da capital Manaus”, concluiu.
Sinésio Campos lembrou que começou a cobrar os compromissos acordados entre o Governo do Estado e a Hapvida desde 2020 e destacou que a empresa garantiu realizar o atendimento dos servidores da educação em diversos municípios do interior do Amazonas.
Entenda
O Governo do Estado acatou a proposta de indicação apresentada pelo deputado Sinésio Campos, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), para que fosse oferecido atendimento médico e ambulatorial da Hapvida, aos servidores da Seduc, em 11 cidades polo do interior do Estado e Manaus. O serviço começou a ser oferecido a partir do dia 5 de outubro.
A decisão foi anunciada pelo governador Wilson Lima (PSC), por meio de plataforma digital, em 28 de agosto de 2020, transmitida por meio do Centro de Mídias de Educação do Amazonas, na sede da Seduc. O ato teve a participação do secretário de Educação, Luis Fabian Barbosa, além de representantes da empresa Hapvida.
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